Pela 1ª vez na história, debate entre candidatos será no Memorial JK

web rádio de coreaú:
Nos 50 anos de Brasília, Record escolhe como palco prédio dedicado a Juscelino
Renan Ramalho/ R7
Memorial JK será palco do debate entre candidatos do DF
Do R7, em Brasília
Pela primeira vez na história, candidatos ao governo do Distrito Federal nestas eleições vão debater o futuro de Brasília e das cidades-satélites num lugar que simboliza a fundação da capital federal, ocorrida há 50 anos,e a redemocratização do Brasil, nos anos 80.
Na próxima segunda-feira (20), Eduardo Brandão (PV), Joaquim Roriz (PSC), Agnelo Queiroz (PT) e Toninho (PSOL) participam do debate da Record direto do Memorial JK, erguido em homenagem ao presidente Juscelino Kubitschek.
O evento será exibido ao vivo pela TV Record Centro-Oeste e pelo portal R7, após a novela Ribeirão do Tempo.
Ao chegarem ao edifício, por volta das 22h, os candidatos serão 'recebidos' pelo presidente bossa nova: entrarão pelo hall de entrada, onde as paredes exibem fotografias históricas de Juscelino. De lá, seguem para o auditório do piso superior, onde estarão cerca de 300 convidados, entre autoridades, políticos, jornalistas e representantes da sociedade civil.
Num palco especialmente montado para o confronto político, os quatro candidatos serão posicionados lado a lado, mediados pelo âncora do DF Record, Luiz Carlos Braga. Junto com ele, participam os jornalistas Henrique Chaves (apresentador do Balanço Geral) e Christina Lemos (repórter especial da Record e colunista do R7).
A previsão é que o debate dure duas horas, divididos em quatro blocos, com regras previamente acordadas entre as campanhas dos quatro postulantes ao governo distrital.
Memorial
A realização do debate no Memorial JK tem um significado especial para a política não só do DF. Idealizado pela primeira-dama Sarah Kubitschek, o edifício foi projetado por Oscar Niemeyer logo após a morte do ex-presidente, em 1976. O prédio foi inaugurado em 1981, nos últimos anos do regime militar e período de redemocratização do país.
Os traços do arquiteto seguem o estilo elegante das retas e curvas em concreto que marcam a imponência dos principais monumentos e palácios da capital. A construção do Memorial reflete o espírito empreendedor de Juscelino: as obras duraram apenas 17 meses e foram pagas com doações de brasileiros de todas as regiões do país.
Cirlene Ramos, ex-secretária particular de Sarah Kubitschek, e hoje diretora do Memorial, diz que chegou a ver gente doando até sacos de cimento. O local escolhido para a edificação também é especial: em frente à cruz onde foi celebrada a primeira missa de Brasília, em 1957.
O terreno foi doado a Sarah pelo último presidente do regime militar, João Figueiredo. Para Cirlene Ramos, o fato é um marco da redemocratização do país, tão sonhada por Juscelino.
- Foi uma decisão do presidente Figueiredo, em plena ditadura, que marcou e foi um resgate do que o doutor Juscelino queria.
No memorial, estão guardadas documentos, livros, objetos pessoais e registros históricos em texto e imagem da vida de JK. Para Cirlene Ramos, o confronto entre os candidatos só tem a ganhar ao ser feito num ambiente cercado pelo legado de Juscelino.
- A Record foi muito feliz quando escolheu esse local. É a casa do fundador. Os candidatos que estarão presentes certamente vão se imbuir da grandeza do doutor Juscelino. É o local privilegiado que pode até mudar convicções, para positivas.

Diretor dos Correios entrega carta de demissão

web rádio de coreaú:
O diretor de operações dos Correios, o coronel Artur Rodrigues Silva, entregou nesta segunda-feira (20) carta de demissão ao presidente da estatal, David José de Matos. A saída do coronel havia sido confirmada no último domingo (19) por Matos após denúncia de que Silva estaria ligado a um empresário argentino, que vive em Miami, na MTA (Master Top Linhas Aéreas), e que é personagem da crise que provocou a saída da ex-ministra Erenice Guerra da Casa Civil.

Alvo de diversas denúncias desde 29 de agosto - quando um jornal de grande circulação no país revelou que o coronel Silva tinha ligação direta com a MTA, que tem contratos de R$ 60 milhões com os Correios, configurando assim conflito de interesses - o poder do diretor na estatal durou menos de dois meses. Empossado em 2 de agosto como diretor de operações dos Correios, Silva havia afirmado no último sábado que pediria demissão.
- Vou pedir demissão. [...] A minha família está destroçada. Não aguento mais.
A partir desta terça-feira (21), disse, voltará a ser consultor de empresas aéreas, mercado em que atua há 15 anos.
- Já falei com o presidente dos Correios que vou embora. [...] É porque não aguento mais. Eu tenho 61 anos e estou saindo frustrado, por não poder passar meus conhecimentos para a empresa. [...] Tudo que eu queria era consertar a rede postal noturna, sei que posso deslanchar o departamento de logística [da estatal]
O coronel Silva admitiu conhecer o empresário Alfonso Conrado Rey, mas negou que seja "testa de ferro" do argentino na MTA.
- Nunca fui dono, nem presidente, nem sócio da MTA. Me mostre qualquer documento que prove isso. Estou pronto para responder qualquer investigação.
fonte R7