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O diretor de operações dos Correios, o coronel Artur Rodrigues Silva, entregou nesta segunda-feira (20) carta de demissão ao presidente da estatal, David José de Matos. A saída do coronel havia sido confirmada no último domingo (19) por Matos após denúncia de que Silva estaria ligado a um empresário argentino, que vive em Miami, na MTA (Master Top Linhas Aéreas), e que é personagem da crise que provocou a saída da ex-ministra Erenice Guerra da Casa Civil.
Alvo de diversas denúncias desde 29 de agosto - quando um jornal de grande circulação no país revelou que o coronel Silva tinha ligação direta com a MTA, que tem contratos de R$ 60 milhões com os Correios, configurando assim conflito de interesses - o poder do diretor na estatal durou menos de dois meses. Empossado em 2 de agosto como diretor de operações dos Correios, Silva havia afirmado no último sábado que pediria demissão.
- Vou pedir demissão. [...] A minha família está destroçada. Não aguento mais.
A partir desta terça-feira (21), disse, voltará a ser consultor de empresas aéreas, mercado em que atua há 15 anos.
- Já falei com o presidente dos Correios que vou embora. [...] É porque não aguento mais. Eu tenho 61 anos e estou saindo frustrado, por não poder passar meus conhecimentos para a empresa. [...] Tudo que eu queria era consertar a rede postal noturna, sei que posso deslanchar o departamento de logística [da estatal]
O coronel Silva admitiu conhecer o empresário Alfonso Conrado Rey, mas negou que seja "testa de ferro" do argentino na MTA.
- Nunca fui dono, nem presidente, nem sócio da MTA. Me mostre qualquer documento que prove isso. Estou pronto para responder qualquer investigação.
fonte R7
